ACD – Baixa visão – sensibilizar, informar, capacitar

 

Durante a sessão, foram abordados temas fundamentais, nomeadamente:

  • As principais características das crianças e jovens com baixa visão, incluindo as dificuldades percetivas, comportamentais e sociais que podem surgir em contexto escolar e quotidiano;
  • As patologias oculares mais frequentes na infância que condicionam a funcionalidade visual, como a retinopatia da prematuridade, distrofias retinianas, albinismo ocular, entre outras;
  • As implicações da baixa visão no desenvolvimento global da criança, desde a aprendizagem (leitura, escrita, atenção visual) até à locomoção autónoma, interação social e organização do espaço;
  • As abordagens pedagógicas e metodológicas específicas que devem ser adotadas para garantir o sucesso educativo destes alunos, valorizando as suas potencialidades e adaptando os contextos de aprendizagem.

Foi ainda dada especial atenção às ajudas técnicas disponíveis, que permitem às crianças e jovens ampliar ou amplificar a visão residual, facilitando o acesso ao currículo. Também foram apresentados recursos, como lupas eletrónicas, softwares de ampliação de ecrã, teclados de alto contraste, materiais em tamanho aumentado e outras tecnologias de apoio, muitas das quais já disponíveis no Agrupamento de Escolas ou passíveis de serem solicitadas através dos canais adequados.

Um dos momentos mais participativos da sessão foi o espaço dedicado ao esclarecimento de dúvidas por parte dos docentes presentes, que puderam analisar e discutir casos concretos, refletir sobre as adaptações necessárias ao processo de ensino-aprendizagem, com particular incidência nas adaptações ao processo de avaliação. Foram ainda partilhadas estratégias práticas, como a extensão de tempo, a utilização de suportes alternativos, a reformulação de itens de teste e a avaliação por competências, sempre em consonância com as recomendações clínicas e pedagógicas.

A Dr.ª Catarina Paiva reforçou a importância da colaboração entre saúde e educação, sublinhando que “a inclusão só é possível quando todos os intervenientes — família, escola e equipa clínica — trabalham em rede, com informação partilhada e objetivos comuns”, realçando a importância destes momentos e enaltecendo o Agrupamento de Escolas Dr. Ferreira da Silva pela promoção dos mesmos.

Esta sessão constituiu um marco importante na construção de uma escola verdadeiramente acessível e inclusiva, dotando os docentes de ferramentas e conhecimentos essenciais para responder às necessidades específicas dos alunos com baixa visão, garantindo-lhes igualdade de oportunidades e o direito a uma educação de qualidade.

O Agrupamento de Escolas agradece à Dr.ª Catarina Paiva e à sua equipa pela disponibilidade, partilha de conhecimento e compromisso com a inclusão, reafirmando a intenção de manter esta parceria ativa e produtiva nos próximos anos letivos.

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